sexta-feira, novembro 23, 2007

Elizabeth: The Golden Age (2007), Shekhar Kapur

Ainda tive a tentação de fazer copy paste do veneno que destilei sobre este filme na edição d’A Cabra, mas depois pensei: bolas, pareço um crítico do Público, tenho de aprender a conter-me, senão ainda corro o risco de ser tomada por séria.

A maior desilusão do ano, para mim – o que é diferente de ser o pior filme do ano (tenho de começar a fazer esses tops anuais, para ver até que ponto consigo pensar com quilos e quilos de torta de Natal no estômago.). Pelo menos até agora. Falava-se de uma sequela a Elizabeth desde 2003, se não estou em erro. O projecto atrasou-se porque Blanchett mostrou-se reticente em voltar ao papel. Vendo o filme, percebo porquê. É terrível de se escrever, mas alguém tem de o fazer – que sequela desnecessária! Quase tão idiota como as do Matrix.

Lá estou eu outra vez a verter veneno. Deixem-me então poupar tempo precioso (está quase a começar a Letra L, dêem um desconto) e fazer o tal copy-paste:

Quase 10 anos após o sucesso de Elizabeth, Kapur volta a debruçar-se sobre uma das figuras mais fascinantes da história inglesa.
Se o primeiro filme fora descrito como um poderosíssimo ensaio sobre a dimensão claustrofóbica do poder absoluto, Elizabeth: A Idade do Ouro peca por não conseguir alcançar a complexidade de sentidos do seu predecessor. Sem medo de romancear factos, Kapur coloca uma Elizabeth (Cate Blanchett) envelhecida a debater-se entre os deveres reais – a traição de Mary Stuart, o iminente ataque espanhol - e o charme do pirata Walter Raleigh (Clive Owen). Durante o filme, não conseguimos deixar de pensar que toda a história não passa de um pretexto para ver Blanchett novamente em figurinos de época e para fazer paralelos visuais com ícones religiosos da Idade Média, insistindo ad nauseam na imagem da Rainha/Virgem Maria, rodeada de uma aura de santidade que simplesmente não funciona quando, sem qualquer tipo de ponte, é posta ao lado dos ciúmes terrivelmente humanos de Elizabeth a mulher.
Visualmente arrebatador – Kapur é sem dúvida um virtuoso da técnica -, é na fotografia e mise-en-scène que o filme mostra a sua força. Infelizmente, nem sempre o conteúdo acompanha a forma. Mesmo o momento alto do filme, a batalha naval (apresentada numa pertinente montagem paralela), não cumpre as expectativas épicas geradas: é curta e não sabe construir qualquer tipo de tensão. Mesmo Blanchett, no regresso ao papel que a confirmou como grande actriz, fica sufocada pela imensidão e luminosidade dos espaços em que se movimenta. Não mais a reflexão sobre o peso do poder: o que há neste filme é o melodrama barato em roupa de época ao jeito de Errol Flynn, um tratamento simplista do envelhecer da rainha, a queda em estereótipos demasiado fáceis – os fanáticos espanhóis saídos de um quadro de El Greco, uma Mary Stuart (Samantha Morton) ambiciosa e beata –, as frases grandiosas que ficam bem no trailer, e resta a pergunta: era mesmo necessário? 3/5

Que ruindade, não acham? Felizmente, por razões de espaço, não pude dizer tudo o que me ia na alma. Mas, uh lá lá, eis-me perante a folha branca interminável da Internet. O que é que falta dizer?

Não sei se quero falar das incongruências históricas do filme. Porque eu, por acaso, até que leio sobre a época Tudor desde os meus tenros 12 aninhos – e livros de historiadores e ensaios sobre desde os 14. As chamadas liberdades ficcionais são perfeitamente admissíveis, porque é de um filme que se trata, ora bolas, uma possível obra de arte. Ninguém manda e-mails ao Dali a dizer que os relógios são coisas bastante sólidas e não têm por hábito derreter (deve ser a má qualidade dos produtos espanhóis, digo eu…) Deixem-me só dizer que a primeira falha vem logo no título : a chamada Idade do Ouro isabelina começa depois da derrota da Armada Invencível, não antes. E chega de erudição não cinematográfica gratuita.

A banda sonora. O que é aquilo, deuses? (vejo na cábula imdbiana que o responsável pela coisa é um tal de Craig Armstrong). Um bocado desfasada, a armar ao épico moderno. Acalmem-se os meus quatro amis que vão ler isto: eu adoro épicos a armar ao pingarelho modernaço – veja-se a minha crítica de Marie Antoinette, que continuo a defender mesmo quando as bombas me caírem em cima. Mas esta música… se calhar o problema não é bem da música (e aí vai a private joke para aqueles que contactam comigo no mundo empírico: Temos de dar um desconto porque é de música… ) mas sim da junção da música à imagem. A sério, não consigo explicar melhor: os capa e espada à lá Merry England dos anos 40, só que com dollies, filtros e efeitos digitais.

Depois, eu continuo na minha: o Clive Owen tem os dentes demasiado brancos para fazer um pirata credível. Relembro os dentes de Geoffrey Rush não no Elizabeth original (porque o de ’98 era o original, este é a fotocópia com falta de tonner[1])[2] mas em A Paixão de Shakespeare. Aquilo sim, era uma dentadura isabelina. E já que falamos desse filme tão levezinho e no entanto recheado de pormenores deliciosos (basta dizer que um dos argumentistas foi Tom Stoppard, e se não sabem quem é este, google it!), acrescento que aí sim, uma rainha velha. Se o ataque espanhol foi em 1586, e o filme com Lady Judy Dench se passa em 1593, não acham que Blancehtt está demasiado bem conservada para uma mulher de 40 e tais anos, numa era em que – como lembrava a minha prof de História – não havia pasta de dentes ou aspirinas?

Pena tenho de não se terem decidido em explorar de forma decente os namoricos proibidos da Rainha, ou então fazerem um retrato decente do clima de conspiração. Aquela ideia da filha de Filipe II com a boneca de Elizabeth está genial – mas resultaria muito melhor como punch line para o espectador ao mesmo tempo que para o pai: perde a força porque é uma realidade que nos é apresentada poucos minutos depois do filme começar. A batalha naval não perderia nada em ser uns minutos mais longa – quiçá construir qualquer tensão/resolução – já que é (se calhar devia mandar o livro de guinismo ao sr. Kapur pelo correio – o Clímax. Ou, noutras palavras, porque estou numa de me soltar, o grande O do filme.

Não cai nenhum santinho se forem ver o filme – a não ser que vos impinjam uns óculos 3D de 1.50, ou tenham de pagar o bilhete normal sem nenhum tipo de desconto – aí têm o direito de se sentirem roubados. Mas se tiverem uma qualquer promoção TMN para aproveitar, ou desconto de Capitão Jovem, ou coisa assim, e principalmente se não tiverem visto o primeiro, não tendo assim qualquer ideia do bom que o sr. Kapur pode ser com um orçamento tão mais reduzido, até que é bom entretenimento. Mas também o é a masturbação e sai mais barata.[3]



[1] mais uma vez, uma dissimulada private joke, mas desta vez apenas duas pessoas vão perceber – ou seja, 50% dos leitores deste blog. É claro que este filme, apesar de eu o apelidar de fotocópia com falta de tonner, não tem um décimo do encanto do referendo a que a expressão se referia originalmente.
[2] Já repararam que desde que eu me apercebi que podia meter notas de rodapé nos posts não quero outra coisa?
[3] Pronto, estou claramente numa fase punk. Fuck the system.

A Outra Margem (2007), Luís Filipe Rocha

Fui ver este filme pelo triste facto que tinha de fazer a grelha para a Cabra e não estava numa onda de aturar Os Seis Sinais da Luz – era feriado, já tinha um Herzog na barriga, resolvi ir dar uma oportunidade ao cinema nacional. Medo? Muito, acrescentado pelo facto de ter lido a sinopse. Travestis? Homossexuais? Síndrome de Down? Meeeeedoooo….

Sim, muito aclamado lá fora (sei lá onde? Que garantias é que me dão que lá fora não são todos doidos?), prémios para Filipe Duarte (hum… o rapaz costuma safar-se bem), talvez até ficasse bem impressionada. Acresce-se o facto de que estes filmes portugueses saem em edições DVD de vinte exemplares, todos enviados para a Fnac do Chiado em Lisboa. (pois, porque eu queria partilhar a minha opinião sobre O Mistério da Estrada de Sintra com os meus amigos e cadê? Para piorar é o género de coisas que ninguém se preocupa em pôr nos circuitos ilegais internéticos…). Por fim, a Lusomundo – que todos sabem, pelo menos eu esforço-me para que saibam, tem uma óptima política de exibição em Coimbra -, uma semana após a estreia, resolveu pôr o filme numa única sessão diária, às 21.40. Numa cidade que tem uma sala ocupada pelos Robinsons – versão portuguesa há muito tempo (claro que para o Dr. Bacalhau são meros segundos), e duas salas para o Corrupção… bem, não é preciso escrever mais nada.

Mas fui, contra todas as expectativas. Gosto que se façam de difíceis comigo. (por acaso não, mas era uma piada fácil e não resisti). E contra todas as expectativas… gostei. Muito.

Primeiro – tem uma direcção de fotografia tão boa que dá vontade de chorar. E, ao contrário do que uma pessoa se tinha habituado na cinematografia nacional, tem direcção de actores. E a história… por estranho que pareça, conseguiu manter-se durante umas duas horas sem cair uma única vez no cliché. Oba oba. O que se pode pedir mais? A banda sonora, da autoria de (), serve às mil maravilhas. A cena inicial, em que vemos Filipe Duarte (essa nova esperança do cinema português, que já fez de tudo com todos, e que espero um dia ter o prazer de trabalhar com ele – graxa graxa graxa) travestido a cantar em playback uma música manhosa qualquer, desarma qualquer um. Bem, talvez não os homofóbicos.

Tudo o que vem depois – o conformar-se com a morte do namorado, o ir viver com a irmã e o sobrinho, a ex-noiva abandonada no altar – é contado de uma maneira muito simples, mas sem nunca cair em paradigmas televisivos ou telenovelescos. Já sabemos que Filipe Duarte será redimido pelo sobrinho ‘diferente’, mas surpreendermo-nos ao perceber que também o sobrinho ficará a ganhar com o contacto com o tio ‘esquisito’. A marginalidade de ser diferente, de estar na outra margem, também pode ser o melhor que nos aconteceu. E o que nos define enquanto pessoas.

Dá-me esperança que se falam filmes assim, simples e profundos, neste inferno cinematográfico à beira-mar plantado. Boa, Luís Filipe Rocha.

terça-feira, novembro 13, 2007

Rescue Dawn (2006), Werner Herzog


‘Espírito Indomável’, em português; como me explicou o Nando, uma tradução literal – rescue, espírito, dawn, indomável.

(vou tentar não começar a crítica com Ora)

Quem olha para a sinopse do filme (gentilmente oferecida pelo IMDB) e/ou para o trailer, está longe de imaginar que o realizador, alemão, Werner Herzog, é um ilustre membro do movimento ‘Neue Kino’, uma espécie de Nouvelle Vague para os boches. Outros ilustres membros do movimento foram R. M. Fassbinder (está a decorrer um ciclo sobre ele na Cinemateca Lisboeta – coitados daqueles que vivem na província, e não sabiam quem era o senhor quando houve um ciclo cá… snif snif) e o Wim Wenders, mais conhecido por ter feito a versão intelectualóide da Cidade dos Anjos, uns bons anos antes e intitulada Himmel über Berlin, ou em inglês, Wings of Desire. Para concluir a minha demonstração gratuita de intelectualidade e cultura geral apuradíssima acrescento que houve na altura uma coisa chamada Oberhausen Manifesto, a razão do cinema alemão se ter levantado das cinzas nos anos 70. Eu até dizia o que consta desse manifesto, mas comprei acções da Wikipedia e preciso de as ver render.

Tudo isto para dizer que este pode parecer mais um filme americano sobre a guerra no Vietname (até parece que estou a ouvir: MAIS UM???), mas não é. Ohhh. Mas parece.

Numa de confissões, e porque espero que quando atingir a celebridade os meus assistentes façam desaparecer no buraco negro internético estas baboseiras que debito regularmente, o único filme do Herzog que vi antes deste foi uma coisa… talvez deva escrever Coisa… chamada Hertz aus Glaz – sim, eu gosto de exibir o meu quase esquecido alemão – ou seja, Corações de Gelo. Não foi coisa que eu apreciasse por aí além, diga-se de passagem. Demasiado intelectual até para mim. Não há intelectualidade que resista à fraca qualidade VHS junto com um vídeo dos anos 70 e uma televisão dos 80. Mais tarde soube que este filme foi considerado por autoridades mais competentes como um dos mais ao lado do senhor Herzog, e senti-me feliz. Vou ter de dar outra oportunidade ao senhor, noutro dia de nevoeiro. Isto tudo para dizer que ao ver este filme esforcei-me por tentar ver o europeu intelectualóide por detrás das explosões.

Existem vários momentos em que Herzog cai nas suas marcas de autor (isto no sentido positivo da coisa) – lembro-me de dois: quando Dieter está a ser levado para o campo de prisioneiros de Laos e ouvimos a voice over: Os vivos têm os seus sonâmbulos e os mortos também (ou qualquer coisa do género), e depois, no fim, quando Dieter chega são e salvo ao seu barco, diz as palavras místicas: Esvaziem o que está cheio, encham o que está vazio… cocem onde tiverem comichão. Uma auto-ironia ao estilo Confucius says tão presente na obra de Herzog (pelo menos dizem que sim, que ele gosta de grandes frases aparentemente desprovidas de sentido)? É possível.

Um grande hip, hip, hurra para a banda sonora, a cargo do compositor Klaus Badelt e para o grande Actor Christian Bale, o Klaus Kinski de serviço, magríssimo, de um entusiasmo exasperante nos momentos mais improváveis, um plane freak com gostos culinários bastante peculiares. Não sei é o que a Sociedade Protectora dos Animais pode dizer sobre esses mesmos gostos…

A vegetação luxuriante da selva, a humidade que se sente mesmo quando a época das monções ainda não começou, o desempenho de Steve Zahn seguem de perto Bale e a Música. No fundo, no fundo, as únicas coisas que não me deixam sentir arrebatada pelo filme (se calhar o problema é meu, arrebato-me com as coisas erradas, tipo donuts com chocolate e relâmpagos) foram as concessões que Herzog fez ao american way of making movies – o ritmo da imagem (isso para mim até é positivo, já que pode servir de isco a gerações mais reticentes ao cinema de autor). Depois… hum, sei lá, a história tem um arzinho americano, mas não me posso esquecer que é baseada em factos reais, e se na realidade acabou bem, não iam deixar morrer o Dingler no fim só para me fazer a vontade.

Venham mais (deve ser dos poucos realizadores-velhos-mestres vivos que eu não tenho pena do facto). Com galinhas, que falharam a chamada para este.
(Pronto, Nando, acho que já corrigi tudo. Os pontos de interrogação estavam lá para alguma coisa...)

sexta-feira, novembro 02, 2007

Grindhouse - Planet Terror (2007), Robert Rodriguez


Para começar, deixem-me exprimir a minha enorme consternação por os senhores das grandes cooperativas que detém a distribuição dos filmes americanos no velho continente acharem que nós somos estúpidos demais para perceber o conceito da Grindhouse e, por ter resultado mal no país que viu nascer no seu jovem seio o fenómeno, resolveram partir a coisa ao meio e vendê-la aos fascículos para estes lados. Depois, dêem espaço para eu exprimir a minha enorme raiva por aquela coisa chamada Lusomundo que monopoliza a exibição nas salas portuguesas e que achou que o filme de Tarantino apenas interessava às pessoas das grandes metrópoles (incluindo estas grandes metrópoles Aveiro e excluindo Coimbra, que eu sempre desconfiei ser uma cidade de quarta categoria num país do Terceiro Mundo). Finalmente, vamos à minha pseudo-crítica.

Ora (que maneira tão pouco intelectual de começar uma crítica), o filme é mau. E é esse o objectivo. Por isso o filme é bom. Não na onda do ‘so bad it’s good’, mas na onda do puro mau, na celebração orgiástica (não onanista, como eu receava) do Mau em todo o seu esplendor. Não que eu seja um jovem rapaz americano nos seus 30 anos que passou a adolescência fechado em salas de série Z para que ninguém visse o acne alienígena que lhe cobria a cara. Não que eu tenha uma necessidade lésbica ardente de ver as longuíssimas pernas da McGowan. E houve milhões de piscadelas de olho que me passaram mais que ao lado. Mas gostei do filme (se bem que, entendido, isso não diga nada acerca do valor artístico do mesmo. Opiniões pessoais são para os cafés, não para análises e críticas cuidadas… F*CK OFF, voz intelectualóide dentro da minha cabeça!). Para mim é sobretudo um exercício de forma, e foi à espera disso que fui, e não fiquei desiludida. As falhas de película (houve mesmo pessoas a reclamar?? – se acham aquilo má qualidade deviam tentar ver as VHS da sala de cinema no meu vídeo dos anos 70…) não são assim tantas, os planos e movimentos de câmara estão bem feitos demais para série Z – e eu à espera de zooms e desfocagens à vídeo de férias... e nem uma perche intrometida em lado nenhum…), as explosões parecem reais, a ‘missing reel’ acontece no momento mais previsível (mas nem por isso deixa de nos fazer soltar uma risadinha perversa), e os actores… eh pá, tanta cara conhecida. Planet Terror é o que a série B, C e daí até à ZZZ (e aviso que não sou especialista, mas deve ser uma coisa muito divertida de ser) poderiam ter sido se tivessem dinheiro para isso. A nível técnico, bem entendido.

A nível de exploração de temas, narrativa e blá blá blá, aí é que está a homenagem à série B. Porque filme com mais clichés – propositados, leia-se - só mesmo o Team America. Aquele genérico inicial exageradíssimo e com o seu quê de mórbido – porque a maior parte dos espectadores já sabe o que vai acontecer a uma daquelas pernas lascivas, e intuímos que não vai ser bonito – desarma qualquer pessoa. Grita tanta sensualidade que esta desaparece no meio das risadinhas.

Grandes momentos? Ui, tantos. Nem me parece de bom tom estragar a surpresa a quem ainda não viu. Mas não resisto. Com licença. SPOILERS WARNING Um dos meus favoritos é quando Bruce Willis, afectado pela radiação, diz, com uma voz série, ‘I killed Bin Laden’. Depois o momento em que El Wray entra no hospital para salvar a miúda. Os zombies todos, lindos. (sugiro um novo filme de zombies português, em que o líder dos maus seria interpretado por Manoel de Oliveira e teria como nome de código Dr. Bacalhau. Vá, roubem-me a ideia, não me importo se tiver o prazer de ver tal coisa concretizada no grande ecrã). Também toda aquela cena em que Dakota Block que não consegue mexer as mãos. E chega END SPOILERS WARNING. Obrigado.

Vale a pena ver? Sim. Mas em condições diferentes: com a sessão dupla original, legendas em brasileiro, qualidade de imagem tipo ponto de cruz e um som do fundo do poço. Os americanos podem ter o Grindhouse… mas nós temos o dvd dos ciganos. Ah pois é![1]


[1] isto não é, de maneira nenhuma, uma defesa desses dvds vindos do inferno. Todo o filme merece ser visto nas melhores condições possíveis. É claro que o preço dos bilhetes de cinema e a política de exibição de uma certa empresa referida anteriormente não ajudam muito às nobres intenções…