terça-feira, janeiro 27, 2009

Vicky Cristina Barcelona (2008), Woody Allen

intro: Barceloooonnaaaaaaa…. (voz do Freddy Mercury)…. Barceloooooonnnnaaaaaaa….

É sempre bom ir a uma antestreia, pensei eu enquanto me sentava numa cadeira partida no Dolce Vita. Pelo preço que os bilhetes estão, cinema à pala… nem que fosse o Rambo.

E pelos vistos foi mesmo bom ir ver o filme na antestreia, porque parece que, pouco tempo depois, a fita ardeu. Eu já tinha ouvido falar da ‘maldição de Woody Allen’, mas pensei que se estavam a referir a uma coisa bem diferente…

Portanto, depois de ver mais um filme do Allen em más condições – o filme não tinha começado há 5 minutos e caiu a imagem, acenderam-se as luzes, continuou depois, e de repente a meio do filme ficamos com a linha de vermelhos em extra saturação, durante uma boa meia-hora, e NINGUÉM REPARA[i] – que posso dizer eu? Bem, ainda bem que não estava em funções profissionais, primeiro; segundo, pagar 5 euros para ver uma fita a arder deve ser qualquer coisa, tens de me falar disso, Dário; terceiro, será que a ‘maldição Woody Allen’ - a outra – terminou? Hum…

Não é um Match Point – este filme grita ‘Wooooody!!!!!’ do início ao fim; tem qualquer coisa de Jules et Jim – triângulo amoroso, montagem livre, desfocagens, a voz irónica e distanciada do narrador –, com a vantagem de não ser falado em francês. Uhhhh…. Quem é o alter ego do realizador aqui? A personagem de Vicky, sem sombra nenhuma – a intelectual frustrada e neurótica. E há mesmo um género sobre americanos perdidos na imensidão cultural americana? As coisas que aprendo a ler o Público. Sim, este filme insere-se aí, sem sombra de dúvidas.

E se bem que Johansonn a fazer de rapariga insatisfeita com a vida e com pretensões artísticas, sempre em busca de mais e melhor[ii], e a ‘ ‘ com a sua vida certinha e aborrecida estão muito bem, o filme torna-se incrivelmente bom a partir do momento em que Bardem, com a sua camisa vermelha estrategicamente desabotoada e a sua personagem Juan Antonio estrategicamente desbocado, entra em cena. E quando julgávamos que a coisa não podia ser melhor, ao som da grande guitarra espanhola e tal, eis senão quando uma Penélope Cruz de jardineiras entra de rompante pela cena. Deuses, que mulher! Que furacão! Que grande pedaço lésbico de mim que se entusiasmou com aquelas pinceladas abstractas!

Além do velho cinismo de Woody sobre as relações amorosas, que desconfio ser o que mais adoro nele – afinal, estamos a falar de um tipo que tem uma relação amorosa com a ex-ENTEADA -, e o piscar de olhos a dois estilos de vida absolutamente opostos e que, afinal de contas, têm os dois os seus grandes e obtusos inconvenientes (falo das rapariguinhas americanas, claro, nada há de inconveniente em ser o senhor Bardem nesta altura do campeonato, ainda mais quando tem um penteado decente), temos também o rasar reflexivo sobre as relações amorosas entre artistas, e sobre a Arte Itself.

Melhores momentos: todos os com a Penélope Cruz, a voz irónica e distanciada do narrador, a original abordagem de Juan Antonio às duas raparigas, Cristina a vomitar nos preliminares, todo o trabalho de fotografia (digo, excepto a meia-hora estragada pelo projeccionista do Lusomundo Dolce Vita), o ménàge, o final que nada resolve, para variar.

Piores momentos não decorrentes da falta de pessoal tecnicamente qualificado nos grandes multiplexes dos nossos dias: não sei, não me lembro. Pode não ser uma obra prima, pode cheirar a Woody Allen a quilómetros de distância, mas afinal, foi com isso que eu fui a contar, claro. Alguma saudade de ver um dos piores actores de sempre (nas palavras do próprio) com os seus óculos e cabelo branco nos seus filmes. Parece que matou literalmente essa sua parte no Scoop, quando se estampou com aquele carro minúsculo… (ah, a beleza de conduzir pela esquerda…)

[i] é que ainda por cima foi a meio do filme a preto e branco, que se me varreu qual era, tal foi a minha raiva pelo que estava a acontecer…
[ii] e aqui entra o MEU alter-ego… he he he…

The Curious Case of Benjamin Button (2008), David Fincher


Tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-tac… Nunca subestimem um filme com relógios.

Pessoalmente, gosto quando realizadores ficam seguros e quietos dentro das quatro paredes do seu estilo, do seu toque artístico pessoal ou das suas manias técnicas, como lhes queiram chamar. Torna muito mais fácil falar deles em trabalhos para a faculdade, por exemplo. E geralmente são esses mesmos realizadores, com marcas chamadas autorais, que ficam para a história e tal.

De vez em quando, eu e outros somos surpreendidos por autênticos Prison Breaks, uns mais exaltados do que outros. Veja-se, por exemplo, Coppola com Youth Without Youth (e abstenho-me de qualificar o filme); ou PT Anderson com There Will Be Blood (não, não vou mesmo fazer comentários maldosos); os Coen com o filme que lhes deu a estatueta, No Country For Old Men (likewise); Woody Allen com Match Point (Sam-Wise); e para acabar uma lista que, ao ser levada à exaustão, não cabia no Blogger, David Lynch e A Straight Story (dizem). Gostemos ou não do resultado destas fugas, o certo, meus caros amigos, é que – e tenho pena de não haver uma expressão igualmente forte que não fosse tão marcada de género, por causa das minhas futuras colegas – é preciso tomates. E Fincher lançou-se sobre o abismo com um filme que não tem nada (?) a ver com a sua obra anterior. Será que resultou?

Para mim, na minha estúpida opinião, sim. Ok, tem ecos de The Big Fish, além que o trabalho de maquilhagem é tão assustadoramente bom que parece que estamos a todo o momento à espera que apareça o Gollum a dizer para o Brad Pitt my precioussssss. E embora pareça ter a ver com a história do último filme do Coppola, não tem nada a ver. Esta história é muito mais fatal, mais emotiva, mais forte.

Primeiro que tudo, todo o production design, a sensação que temos de ir ouvir uma história, a imitação de filmes antigos, a banda sonora fortemente evocativa, o passar ligeiro pela história americana. Depois, Brad Pitt a convencer-nos que é um ser singular, velho e de cadeira de rodas e tal. Quando Blanchett aparece no papel de bailarina promíscua (aliás, já estávamos extasiados pelo aparecimento dela como moribunda), ficamos sem palavras. As cenas de dança são de uma beleza que nunca suspeitaríamos serem gravadas na câmara de um tipo que nos deu a crueza do mundo moderno. Todo o filme é tão poético, tão fairy-tale, que nem nos chateamos com a ‘grande revelação’ à filha de Daisy (Blanchett). Nem com a evocação do furacão de Nova Orleães, que funciona um bocado como Titanic – já sabemos o que vai acontecer no fim mas, mesmo assim, ficamos impressionados quando acontece.

E se a coisa, para alguns, não funciona, para quem se deixa levar – se bem que com as expectativas a voar muito mais alto do que o filme em si – dá por si com a lagrimazinha ao canto do olho nos quinze minutos finais.

Grandes momentos: os créditos com botões, a história do relógio que anda para trás, a ‘cura’ na igreja, o funeral da cantora de ópera, a dança de Daisy no coreto, os flashbacks do homem que fora atingido por relâmpagos ‘sete vezes’ (e esperemos que este humor macabro de Fincher nunca desapareça), a breve história de amor entre Pitt e Tilda Swinton na Rússia, o momento do acidente de Daisy a evocar um bocado o Run Lola Run, os anos sessenta e finalmente a relação Daisy/Benjamin, o aparecimento de Benjamin como um miúdo cheio de acne e demente, o bebé Benjamin, o epílogo, etc etc etc.

Momentos menos bons: Hum, talvez nalgumas partes ainda seja um pouco ‘frio’ – o que torna o filme, numa analogia genial, super culta e esfomeada que me lembrei agora, um pouco como um semifrio coberto de chocolate quente – o que desliga as pessoas da coisa por segundos preciosos, e sem dúvida que, pelo trailer e hype à volta, esperávamos uma coisa mais poderosa, mas mesmo assim, quem não for ver este filme decerto arderá no inferno dos maus cinéfilos. Talvez. Um bom clássico futuro, sem dúvida nenhuma. Por mim, por toda a minha falta de consideração por valores estéticos e cinéfilos e etc, adorei adorei adorei.

NOTA: Lembram-se do elogio que fiz à Lusomundo por deixar de passar quantidades ridículas de publicidade desactualizada e pôr só trailers? Esqueçam.


POST-NOMEAÇÕES: Bem, 13. Uau. Será que posso não ser uma boa crítica, mas estou mesmo lá com a mentalidade da Academia? Hum...

quinta-feira, janeiro 15, 2009

Changeling (2008), Clint Eastwood


E a época de caça aos Óscares está oficialmente aberta! Saquem das espingardas para acertar no vosso realizador desfavorito e na banda sonora mais irritante de sempre!

Não, não é este. Tive esperança que fosse este o filme irritante deste ano, mas não. Bolas. E eu que até tenho uma implicação com Mr. Eastwood desde que ele realizou aquela coisa sobrevalorizada chamada Million Dollar Baby. Implicação não. Digamos arrufo. Acrescente-se que este é um senhor do cânone, e eu não gosto de pensar em mim como alguém que acende velas e faz oferendas ao cânone…

Anyway…

O filme da Angelina Jolie, como é conhecido entre os meios menos cinéfilos, fala de uma criança desaparecida. E de um departamento de polícia que encontra a criança… errada. E assim, Christine Collins aka maiores lábios pintados de vermelho que alguma vez tivemos oportunidade de ver no grande ecrã, empreende uma luta para ter o seu filho verdadeiro de volta, luta essa que passará por várias cenas bastante, hum, jolies (IRONY AND PUNWORD ALLERT!), passadas em manicómios, galinheiros, forcas e, alas, os tribunais. Já disse que é passado em Los Angeles dos anos 20, com o toquezinho de época? Já disse que foi Mr. Eastwood que compôs a música himself (e não, não é irritante)? E que, apesar de ter o John Malkovich a dar apoio a Jolie, não há romance, nem beijo, nem, meus caros quatro leitores, UMA ÚNICA CENA DE SEXO?

E não é que o filme é muito bom?

Primeiro, a menina Jolie está quase irreconhecível (lábios aparte), magrérrima (ela teve mesmo gémeos????), e toda a sua atitude está tão “dêem-me o Óscar que eu mereço”, que embora ainda tenha de ver as outras meninas e tal, vou ficar com pena se ela for de mãos a abanar para casa. Há um único momento onde todos nós podemos ter a certeza que é a Angelina Jolie e não um clone mortiço e com excelente jeito para a representação que está à nossa frente: no manicómio, quando ela se vira para o médico e diz esta magnífica frase que irá ficar para a História do Cinema com C grande: Fuck you and the horse you rode on. Genial.

Depois, duvido que tenha havido alguém na sala que tenha ficado aquela cena de uma brutalidade de bradar aos céus, nos galinheiros do rancho. E isto nem o filme ia a meio (nota: finalmente uma boa razão para os intervalos existirem: sabemos quando o filme vai a meio). A maneira como foi filmada – não vemos tudo, apenas excertos – torna a coisa muito, mas muito mais chocante se víssemos mesmo o maníaco em plena acção. O ter posto o miúdo de 15 anos como cúmplice praticante, então… deuses. Demasiado murro no estômago.

E assim Mr. Eastwood vai brincando com a nossa expectativa até ao fim, dando-nos uma chapada na cara de vez em quando, um murro no estômago aqui e ali, e se por um lado estamos todos desertinhos para um tension release – i.e., que o raio do miúdo apareça, isto até um certo ponto, e depois se o raio do miúdo morreu ou não no rancho -, e todos queremos um final feliz, no fundo no fundo, por outro lado – e começa aqui o SPOILER ALLERT – se ele tivesse mesmo aparecido o filme teria sido uma merda. A sério. Porque assim era como se tudo tivesse perdido subitamente o sentido. A luta, e tal. E fazer festinhas em nós depois de tanta pancada… ná.

END OF SPOILERS ALLERT.

Fotografia, ouch. Reconstrução de época, uau. Bom pormenor, o dos eléctricos. Roupa dos anos 20, check. Afirmações muito interessantes sobre o papel das mulheres na altura, a polícia, a ideia de justiça, etc etc. Música, fica no ouvido, cumpre a missão, está aprovado, Mr. Eastwood. E, no fim de tudo, como se não bastasse, based on a true story. O tipo jogou a artilharia toda, não haja dúvidas. Hum, isto vai ser renhido…

Mas sim, um filme bastante impressionante, e so far – não desdenhando do ‘Austrália’, que é poderoso mas não na mesma linha – o melhor filme que vi no cinema este ano. Ah e tal, ainda só fui ao cinema duas vezes e estamos em Janeiro. E eu digo, ………. E depois?

PP. Este quase de certeza que vai fazer parte da lista de nomeados. Também ponho o meu dinheiro virtual inexistente no filme do Boyle e do Sam Mendes. Tenho quase a certeza, embora ainda não tenha visto mais nenhum dos runners, que o meu preferido é capaz de ser outro que não este, mas de qualquer maneira… (ou então não…) Duh, claro que sim. Claro que, a não ser que o Revolutionary Road seja UAU, vou estar a torcer pelo senhor Fincher. Esse sim, o meu estilo de filme e realizador.

(e não é que a Lusomundo, depois de ter feito o horror de aumentar o preço dos bilhetes, deixou de passar publicidade idiota antes dos filmes e só passa trailers? Será possível? Irá durar????)

sexta-feira, janeiro 09, 2009

Australia (2008), Baz Luhrmann



É claaaaaro que alguém como eu tinha de ir ver este filme. O cheiro a epic chick flick era inebriante. E, mes amis, estamos a falar do Hugh Jackman. A cavalo. Com a camisola molhada. Coisas dessas não acontecem todos os dias. E mais, estamos a falar de um dos poucos realizadores dos quais eu vi a obra completa. Sim, os três filmes anteriores. Inteirinhos. Isto hoje pode não contar muito, mas daqui a 40 anos, quando ele tiver feito mais uns vinte ou trinta… ah pois é.

E passemos à parte irritante e desnecessária onde eu exibo os meus conhecimentos cinéfilos. Sim, o Senhor Luhrmann é um excêntrico. Sim, o Senhor Luhrmann é um megalómano. Sim, o Senhor Luhrmann tem um estilo tão distintivo que aposto que até os vídeos caseiros que ele faz dos seus filhinhos se devem topar a léguas. E sim, para quem veio à procura de um quarto volume na Red Curtain Trilogy ficou desapontado. Mister Luhrmann is no Douglas Adams, oh no. Mas Mister Luhrmann sabe o que faz. E poucos terão o descaramento de o fazer tão à grande como ele. E é tão inspirador ver um realizador jovem, australiano e bem parecido a lançar-se sobre o abismo com tanta confiança… que parece que todos torcem para que ele parta a câmara de vez. Porquê, porquê, porquê? Mauzinhos que vocês são, críticos maldosos do Mister Luhrmann…

Se vejo Mr. Emmerich como o sucessor endinheirado e talentoso de Ed Wood, tenho forçosamente de ver em Mr. Luhrmann um… hum… um Cecil B. Demille meets MTV. Para aí. Claramente.

Vejamos agora o filme com os olhos educados e super-analíticos de quem está prestes a entrar numa escola de cinema, e acabou mesmo ontem de ler o See Your Film Before You Shoot. Hum. Mr. Luhrmann claramente apontou para o épico emocionalmente estafante, senão vejamos:

- começa o filme ligeirinho, com a introdução da fofura que a personagem de Nullah, o ‘creamy’, é. Kidman aqui mais não é que uma caricatura de inglesa mimada (deuses, dêem-lhe um Óscar só pela sequência dos ‘kangoroos! They’re jumping! Look! They’re… AGAHAAHAHAHAH’), Jackman faz de homem sujo e vivido, Carnay, o rêi du Gádu (em brasileiro no original), o antagonista suprasumo, Fletcher, o pau-mandado sem um pingo de piedade ou vergonha. Até que…

…o filme vira de uma luta pela independência para uma história de amori e racismo…

… Fletcher surge como verdadeiro antagonista (deuses, a personagem é mesmo unidimensional, a encarnação do mal até aos últimos momentos)…

… o homem forte da coisa zarpa rumo ao pôr-do-sol e a mulher frágil põe tudo em jogo pelo seu instinto maternal…

…chega o momento Pearl Arbour que todo o realizador deve meter no currículo pelo menos uma vez na vida….

… reencontram-se todos, salvos e sem tragic flaws, e o filme ‘acaba’…

… o respeito pelos aborígenes vence tudo, até as mães galinhas, e acaba o filme, desta vez a sério.

Ora bem… porque é que o filme irrita tanta gente? Por ser longo? Não me venham com tretas. Nem chega às três horas E não tinha como único motivo de interesse o Daniel Day-Lewis oleado a berrar de um lado para o outro… Por ter momentos assumidamente e orgulhosamente ridículos (aka momentos de evocação Wizard of Oz?) Hum… claro que carros a transformarem-se em robots e a lutarem contra o mal NADA TÊM DE RIDÍCULO…

O que irrita as pessoas, acho eu do alto da minha insignificância (e convém despachar que isto já está a ficar grande e nem sequer mandei as chalaças do costume ainda) é que é um filme EMOTIVO. Ou seja, é um daqueles filmes para ir, viver a coisa deixando o lado intelectualóide de fora, e CHORAR. Tipo, sim, Gone With the Wind. Duh. Claro que se é um filme emotivo feito antes dos anos 50, é genial, é um clássico, é arrebatador. Se é algo recente, buuuhhh.

Duh.

Não digo que o filme seja, uau, é o MELHOR FILME DE SEMPRE!!![i] Não. Mas é bastante bom. Bom, ponto. E a embirração com a Kidman, donde é que veio isso? Deuses…

Pontos altos: a fotografia à la Luhrmann (que parece saída de um livro de fotos do século XIX e, no entanto, com uma atenção à cor…), a edição estilosa da senhora Dodi Dorn (que copiou uma ideia da antiga colaboradora de Luhrmann, Jill Bilcock, para a cena de sexo… não digo qual porque também tenciono inspirar-me livremente na coisa para uma curtazinha que está a ser editada de momento…), a emoção despudorada, Brandon Walters como Nullah, as sequências open field, a cena dos cangurus (fica para a história do cinema…), o romance, vá lá, as canções aborígenes, os ‘quatro’ finais diferentes, cada um a puxar mais e mais o elástico do espectador e os canais lacrimais…

Pontos, digamos, um bocadinho mais baixos: a evocação descarada do filme Pearl Arbour (se bem que, pensando nisso, será possível fazer uma cena do género de outra maneira?), a linearidade da personagem de Fletcher, o momento ‘disney’ com a canção do genérico final…

Resumindo e complicando: for the next movie, Mister Luhrmann, save me a chair, please. :D

[i] Porque será que me vêm à cabeça as imagens sobrevalorizadas de poços de petróleo à cabeça sempre que digo isto? Hum…