quarta-feira, dezembro 13, 2006

The Holiday (2006), Nancy Meyers


Sim, eu gosto de chick flicks. Porquê?
Aproveito e agradeço aqui à Kel, essa ganda amiga que me levou com convite à antestreia do filme 'O Amor Não Tira Férias' (nem eu, por acaso...) E vocês podem pensar, ah, por isso é que ela foi ver, mas desiludam-se. Eu queria mesmo ver o filme. Sim, dar 4 euros para ir ver uma comédia romântica de Natal. Eu, uma estudante de cinema a descobrir os prazeres do cinema polaco e russo. A ver filmes da Nancy Meyers.
Primeiro que tudo, é um óptimo filme de género. Boas gargalhadas, quentinho cá dentro quando saímos da sala, confortadas com a ideia que ainda há happy endings na vida real. Kate Winslet como nunca a viram, a interpretar a mulher mais frustrada e sem auto-estima que faz arrepiar os meus pêlos da nuca. Cameron Diaz (ou, como um certo professor meu goza, a Camarão Dias), a strong woman do filme, workaholic, a mulher que eu um dia tenciono ser, basicamente. ;) E, claro, Jack Black estranhamente a afirmar-se como herói romântico (bastante credível, aliás) e Jude Law, aquele homem que me conseguiria levar ao altar em 5 minutos, sem eu pensar sequer duas vezes, no papel do costume ou assim julgamos no início.
É óptimo que o filme não tenha pretensões além de ser o que é, uma Comédia Romântica prás gajas sozinhas que vão fazer compras de Natal e se sentem deprimidas. Mesmo assim, o jogo que se faz com os trailers é bastante original, tanto que não me importaria (?) de o ver explorado até à exaustão. Outros Grandes Momentos : toda a homenagem feita aos anos dourados do cinema pela personagem do argumentista Alfred, os diálogos (da realizadora - isto classifica-a como auteur?), o momento no clube de vídeo, com o cameo do Dustin Hoffman, Cameron Diaz a lidar com a neve de saltos altos e malas, o telefonema trocado... argh, tantos. Menos bom: bolas, é apenas uma comédia romântica, não se pode pedir muito. Entretenimento puro, bom para lavar a cabeça, tentar despertar o espírito natalício e varrer para longe todo o anti-men movement.
Ok, não digo que vão ao cinema vê-lo, mas quando passar nas matinés de Domingo da televisão pública, não o percam. Vale a pena.
PP. Que raio de empresa de legendagem contratou a Lusomundo? Cada subtitle, cada palavra com letras trocadas! Mas uma pessoa paga o bilhete pra quê, além de ter de gramar com intervalos e cheiro de pipocas?

PP2. Um dia hei-de fazer um manifesto pelo chick flick . A sério. Este mundo de machões do Rambo e do Rocky nem sabem o que os espera...