sexta-feira, julho 27, 2007

Shrek The Third (2007), Chris Miller

Mais uma vez, a terceira parte de uma sequela.
Porque é que não ficaram pela segunda parte, porquê, porquê, porquê?
Se há filme com tanto ar de ter sido feito à pressão para aproveitar a onda, é este. É demasiado curto, as piadas não tem piada suficiente, não há nenhuma personagem nova que faça o que o Gato das Botas fez pelo segundo, não há nenhuma música que fique no ouvido... Resumindo, é melhor esquecermos que este filme aconteceu.
Bolas, é a primeira vez que estou a falar mal de um filme. Deve ser do calor, põe-me mal-disposta.
Deturpar contos de fadas é uma coisa maravilhosa. A ideia do feioso ficar com a princesa, então, é fantástica. Por isso o primeiro foi tão bom (isso e o Burro). Depois, e que tal o feioso ir conhecer os sogros + uma caricatura do Banderas interpretada pelo próprio Banderas (com os olhinhos ternurentos ui ui ui) - ainda resultou melhor. E agora o que temos? A Fiona grávida + a procura de um sucessor ao trono (toda uma temática de aceitar responsabilidades)+ o nerd do liceu torna-se rei + o mau fica com o trono para os maus da fita+ uma revolução feminista... Muita areia para o camiãozinho? Se calhar...

Bons momentos (deixem-me rebuscar na memória, isto de escrever críticas muito tempo depois não vai com nada): a piscadela de olho aos Monty Phyton logo no início, o Gato preso no corpo do Burro a tentar seduzir os guardas, o Eric Idle ;) e não estou a ver mais nada.
Resumindo, mais valia ter esperado que passasse na televisão, mas agora já vou tarde...

quinta-feira, julho 26, 2007

Harry Potter and the Order of the Phoenix (2007), David Yates

Antes de começarmos a crítica, deixem-me avisar: sou fã do tipo da cicatriz desde que o primeiro livro foi publicado em português. Continuemos então.



Ah, o quinto livro, o maior livro dos sete, uh, e há mortes e mais mortes, coitados dos meninos que julgam que isto é literatura infantil. Porque não é.


O problema das adaptações é que, quanto mais gostamos do livro, menos achamos que o filme lhe faz justiça. Da saga Potter, o único filme que escapa um bocadinho à maldição é o terceiro, dirigido pelo senhor Cuaron. E tenho muita pena de toda a gente que julga que seguir a moda Potter é ver os filmes e pronto. Nem sabem o que estão a perder.


Neste, o senhor Yates teve ainda outro problema. Com tanta história pra resumir em duas horas e meia, não podia perder muito tempo com coisas supérfluas para o decorrer da história, mas importantíssimas para os fãs - tipo os atrofios da Harry com a Cho, e toda a aura de mistério à volta do Neville...


Estou a escrever neste momento sabendo exactamente como acaba a saga. (Yeh) Passar os livros pra filme logo logo terá sido uma boa ideia? O Senhor dos Anéis teve de esperar décadas até surgir alguém capaz de fazer uma adaptação decente. E nem vou falar do Código Da Vinci, que na minha humilde opinião de pessoa que não percebe nada do assunto, não vale o papel em que está escrito.


Mesmo assim, é um bom filme para os fãs dos livros, se eles resolverem esquecer por um bocadinho como as coisas realmente acontecem. (e em cada livro são pormenores e pormenores a aumentar) Para os outros, não sei se será boa ideia. Aliás, eu como fã fiquei com a sensação de que, ya, está bem filmado, coiso e tal, mas falta qualquer coisa... não sei o quê. Dá-me a impressão que nenhum dos realizadores é um verdadeiro Potter fan, e filmam tudo ao 'frete' (notícias de última hora, o meu pai foi ver o filme e não percebeu nada. Acrescente-se que só viu dois dos 5 e ficou a julgar que o Voldemort era pai do Harry - devem ser resquícios do Star Wars, sei lá...)
E agora um momento fútil:

Radcliffe, esse penteado... ná. Agora que temos a certeza que tu até tens jeito para a coisa - e ficas tão melhor quando não estás a fazer de Harry Potter - mal podemos esperar para te ver noutro tipo de coisas. Rupert - és tão deliciosamente ruivo... Emma Watson - ainda não percebi se a Hermione fica tão irritante nos filmes porque és boa actriz ou se é exactamente pela razão oposta...


Fica mal eu dizer o quanto adoro ver o Alan Rickman a fazer de Snape? E o Gary Oldman a fazer da minha personagem preferida, o Sirius? (acrescente-se que o momento dramático do filme não teve assim lá muito dramatismo) E a perversa personagem da Umbridge, brilhantemente interpretada pela Imelda Staunton, que já nos tinha provado o boa actriz que é em Vera Drake?Ná, eu digo o que me apetece.
A banda sonora, para variar, é qualquer coisa. Aquele leitmotiv... Nicholas Hooper pode não ser o Danny Elfman, mas safa-se. (é evidente que se eu o quiser comparar ao Jonh Williams ou ao Morricone torna-se ridículo, o coitado do rapaz - temos de dar um desconto que é de música)
Bem, mais um filme do Harry Potter. O próximo também a cargo de Yates, o último - dizem - a cargo de Shyamalan (oba, escrevi bem o nome à primeira). Para mim, deviam era contratar o Burton, mas isso é só a minha opinião...

quinta-feira, julho 19, 2007

Ocean's Thirteen, (2007), Steven Soderbergh

Tenho de confessar, mes amis, que já fui ver este filme há muito tempo, mas a minha suposta educação superior não me deixou muito tempo livre nos últimos tempos...

Ora bem. A terceira parte de uma sequela. Oba oba. Tenho de confessar que nem o segundo fui ver, e só fui ver este porque... bem, vocês já viram o que tem estado no cinema ultimamente? Argh.
E não é que até gostei bastante da coisa? Para blockbuster até que teve monentos bem out - citemos Clooney a chorar a ver o show da Oprah ou o telemóvel de Pitt a tocar nos momentos mais inoportunos.
Toda uma estética de filmes foleiros dos anos 80 - a nivel de enquadramento, intertítulos, etc etc etc, (embora felizmente não tenha descambado para penteados à anos 80), assim como o extremar do género - ui - fizeram algo fantástico: ao descambar propositadamente para o 'kitch', aquilo virou 'camp'. Nem toda a gente percebeu este toque de genialidade do Soderbergh, mas é para isso que eu aqui estou, para ver coisas estranhíssimas onde ninguém vê nada.
Óptimo o confronto Al Pacino vs. Clooney, o nariz do Matt Dammon, a banda sonora (esperem, deixem-me ir sacar isso, agora que me lembro) do senhor David Holmes, e mais uma data de coisas que eu não me lembro.
Valeu a pena? Sim, valeu a pena. Inda mais que agora eu nem vejo televisão...