sexta-feira, setembro 28, 2007

Women on Film





Description: 80 years of female portraits in cinema - Mary Pickford, Lillian Gish, Gloria Swanson, Marlene Dietrich, Norma Shearer, Ruth Chatterton, Jean Harlow, Katharine Hepburn, Carole Lombard, Bette Davis, Greta Garbo, Barbara Stanwyck, Vivien Leigh, Greer Garson, Hedy Lamarr, Rita Hayworth, Gene Tierney, Olivia de Havilland, Ingrid Bergman, Joan Crawford, Ginger Rogers, Loretta Young, Deborah Kerr, Judy Garland, Anne Baxter, Lauren Bacall, Susan Hayward, Ava Gardner, Marilyn Monroe, Grace Kelly, Lana Turner, Elizabeth Taylor, Kim Novak, Audrey Hepburn, Dorothy Dandridge, Shirley MacLaine, Natalie Wood, Rita Moreno, Janet Leigh, Brigitte Bardot, Sophia Loren, Ann Margret, Julie Andrews, Raquel Welch, Tuesday Weld, Jane Fonda, Julie Christie, Faye Dunaway, Catherine Deneuve, Jacqueline Bisset, Candice Bergen, Isabella Rossellini, Diane Keaton, Goldie Hawn, Meryl Streep, Susan Sarandon, Jessica Lange, Michelle Pfeiffer, Sigourney Weaver, Kathleen Turner, Holly Hunter, Jodie Foster, Angela Bassett, Demi Moore, Sharon Stone, Meg Ryan, Julia Roberts, Salma Hayek, Sandra Bullock, Julianne Moore, Diane Lane, Nicole Kidman, Catherine Zeta-Jones, Angelina Jolie, Charlize Theron, Reese Witherspoon, Halle Berry

quinta-feira, setembro 27, 2007

The Simpsons, (2007), David Silverman


Spider Pig, Spider Pig...

(começo por pedir desculpa por ter entrado numa de silly season e morrido para a aldeia virtual durante as férias)

Os Simpsons são um fenómeno. Acho que não há dúvidas a respeito disso. Tantos anos a fazerem as delícias amarelas dos viciados em televisão, a retratarem a família americana deliciosamente disfuncional, com aqueles créditos iniciais sempre diferentes, os episódios especiais de Halloween e Natal (muitos deles realizados pelo senhor Silverman), as piadas politicamente incorrectas (mas de uma maneira bem mais subtil que o South Park ou o Family Guy), e no fim de esperar tanto tempo por um filmezinho da coisa, a expectativa era tudo menos alta. Sabem, é aquela coisa, o próprio Groening admitiu estar à espera que as audiências da série descessem para avançar com o filme. E elas não desciam.

Mas esquecendo por momento todo o contexto sócio-cultural-histórico da coisa, passo para o filme como objecto de arte autónomo e etecetera e tal (um conceito um bocado estranho, já que na minha opinião quase tudo se resume ao humor dos críticos – não que devesse ser assim). Ora o filme foi violentamente acusado de ser um episódio da série esticado para uma hora e meia. Hum. Pensemos um bocado. De que maneira peregrina o filme poderia não o ser? Porque os episódios dos Simpsons seguem uma estrutura narrativa clássica (mais ou menos), tal como a maioria dos filmes-pipoca e mesmo alguns filmes-chazinho-e-scones (isto não é bem da minha autoria, é um conceito que surgiu com as art-houses americanas, o que prova que eu até ando a aprender umas coisas enquanto me passeio pelo curso). ‘Ah, e tal, o filme só faz sentido para quem for fã da série’. Hum. Sim, é verdade. Também acho que poderá captar alguns espectadores para a série. Mas isso é como tudo. Que sentido faz ir ver o filme dos Simpsons se não se for fã da série? Eu não fui ver os Transformers por essa razão. E apelar aos fãs já é muito bom (veja-se caso Harry Potter, em que a maioria dos ‘fãs-puros’, i.e., aqueles que leram os livros primeiro, não vão à bola com os filmes).

Esta verborreia virtual toda para dizer que The Simpsons: The Movie é um bom filme, desde que se seja fã da série e não se tenha o mesmo grau de humor que os espectadores dos pouco saudosos programas de candid camera. E um certo grau de cultura cinematográfica. Não aquela que os profs dos cursos de cinema pedem, mas aquela que o pessoal que vê filmes na televisão no fim-de-semana adquire naturalmente. Porque tal como os episódios, há tanta piscadela de olho que nem sei por onde começar. (Senhor dos Anéis, Titanic, vida pessoal do Exterminador Implacável…).

A história, que se desenvolveu a partir da premissa ‘Homer apaixona-se por um porco’ é bastante boa, porque além de ser divertida, joga com as características das personagens (Bart a querer ser adoptado por Flanders, Lisa com um namorado não-imaginário, Marge a querer pôr fim ao casamento). Forçado? Arrastado? Onde?

Os meus farabéns lambidos ao senhor compositor Hans Zimmer, que fez uma banda sonora brilhante a partir do tema de Elfman e que criou a primeira música com menos de 70 segundos a chegar ao top britânico: a versão coral do genial Spider Pig, que se entranha na nossa mente e nos obriga a tautear nas ocasiões mais impróprias. Vendo o passado do senhor Zimmer, vejo que outros trá-lá-lás dele incluem a segunda e terceira parte dos Piratas das Caraíbas, Madagáscar, O Último Samurai, Pearl Arbor, Gladiator, O Rei Leão, Thelma and Louise… uffff!!!!

Melhores momentos: Lisa a contar à mãe do rapaz irlandês, Bart e o chocolate quente de Flanders, Homer e a Boob Lady, todas as cenas em que aparece o porco, a chegada ao Alaska, etc etc etc, e os créditos finais, em que se tem de ficar MESMO ATÉ AO FIM para valer a pena.

Coisas más? A Lisa e o Sr. Burns não aparecem tanto como eu gostaria….Snif snif

Sequel?’