
Uma história de um triângulo amoroso por várias décadas. Claro que eu tinha de ir ver, não é, mes amis? Adoro histórias de amor a três, são TÃO divertidas… desde que se limitem às páginas de um livro ou ao ecrã, claro. Acho eu.
Jules e Jim, um austríaco e um francês, grandes amigos, divididos pela existência de Catherine, uma mulher com M grande, que tem uma concepção deliciosamente progressista do Amor. Je t’aime, je ne t’aime pas, peut-être je t’amerai quelque jour, je t’aime non plus… A actriz Marie Dubois é absolutamente encantadora, inspiradora, como a compreendemos e odiamos ao mesmo tempo por brincar com os sentimentos do pobre Jules (sim, porque Jim é da mesma farinha que ela…).
O homem que diz ‘os cinéfilos são pessoas doentes’ mostrou-me que a Nouvelle Vague não era o papão que eu sonhava, depois de ter tentado ver três vezes o Toujours Mozart do Godard. Mais, uma adaptação literária (da obra homónima de Henry-Pierre Roché) que não hesita em utilizar frases e frases numa voz-over que fala à velocidade da luz. Sem se tornar aborrecido. Aprendam, portugueses de Portugal! Para mim, que estou a braços com uma adaptação, foi inspirador.
A montagem é rápida, incisiva, dá todo um ritmo que não nos deixa bocejar. Grandes frases presentes por ali e acolá (gostei especialmente daquela: numa relação um dos membros tem de ser sempre fiel. O outro.)
Até tenho medo de dizer seja o que for sobre o filme. É bom, muito bom. Chega? Tem a avaliação do tempo a apoiá-lo, quem sou eu pra dizer mal? Aliás, nem sei o que dizer mal.
Pontos positivos: vontade de ver mais filmes do Trufas. Isto pode ser o início de uma bela amizade (sim, também já vi o Casablanca, alas…) E mais, resolvi dar uma nova oportunidade ao Godard, desta vez começando a ver Le Mépris, com a Brigitte Bardot, que está prestes a tornar-se na minha Mónica Bellucci vintage… Só aquele ar de fastio…
1 comentário:
O Desprezo é muito bom!! Não tão bom como o Acossado, mas vale bem a pena :) Bardot é uma diva e ainda por cima o filme tem uma participação do Fritz Lang, o que é por si só uma boa razão para ver o filme :)
Sandra.
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