terça-feira, agosto 05, 2008

Made of Honor (2008), Paul Weiland


Chick flick alert!

Confissão a fazer: até ir confirmar ao imdb o nome do realizador, estava convencida que o título em inglês era ‘maid of honor’. Afinal o trocadilho é ainda mais profundo do que eu julgava. E que tradução teve em português? ‘Padrinho mas Pouco’. Tremo de saber qual o título brasileiro… oh não. Não é tão giro como suspeitava. ‘O melhor amigo da noiva.’ Duh. Até os brasileiros ficam desinspirados na silly season…

E sim, CLARO que fui ver o filme por causa do Patrick Dempsey. Há mais alguma razão para ver tal coisa? E depois de passar meses, semanas, fechada no quarto da residência a ver filmes noirs, a ler sobre noirs e a editar um malfadado noir (que qualquer dia tenho de pôr online), até as novelas da TVI me estavam a parecer apelativas (ladysarac, a rainha das referências pessoais que não interessam a ninguém)…

Pronto, Tom era um engatatão que descobre que a mulher da vida dele é a melhor amiga Hannah, ao sentir a falta dela no mês e meio que esta foi passar à Escócia. Entretanto, ela vem… com um duque escocês agarrado como noivo. Sim, depois de ter visto Run FatBoy Run, com Simon Pegg a fazer de Julia Roberts em Runaway Bride, eis que sou contemplada com Dempsey a fazer de Julia Roberts em O Casamento do Meu Melhor Amigo. Para quando uma nova Julia Roberts masculina em versões pouco dissimuladas de Erin Brokovitch, Notting Hill (aahahahhah adoro este filmeeeeee) e, quiçá, Pretty Woman? (atenção – quero uma parte dos lucros destas ideias, ouviram???)

Mas aqui em vez de Julia Roberts a atazanar a rival, temos o desenvolvimento da química entre Hannah e Tom, já que este, como devem ter adivinhado pelo título, é a Dama de Honor, vulgo Madrinha por terras lusas, de serviço. Sim, o momento de mostra de lingerie era completamente dispensável, mas pronto, que se há-de fazer? Tudo para ver Michelle Monaghan (lado lésbico allert!) em pouca roupa e muito … aham… charme…

Não deixam de ser divertidos os clichés que povoam o filme – a chegada do ‘salvador’ num cavalo branco (o original e o remake, muito mais divertido); todas as coisas acerca da Escócia – mau tempo, ovelhas, gaitas de foles, sotaque, kilts, mini-kilts, whisky, caçadas… tudo. E castelos, bateladas de castelos. Pubs. Costumes esquisitos de casamento. Hum…

Sim, que pode um mulherengo incorrigível contra um duque escocês? Quase nada. Se bem que consegui perceber quase no início como iria ele ganhar a rapariga no fim (o grande motivo, vá lá), mas isso sou eu, que ando há demasiado tempo a ler livros de guionismo…) E não deixa de ser querido como a personagem quer conquistar Hannah por meios lícitos… Oh, os homens são tão honestos…

E sim, o senhor que faz de pai de Tom, não estão a ver mal, não, é o senhor Sidney Pollack, o Realizador. (para testarem os vossos conhecimentos faciais de realizadores, que tal passarem pelo meu outro blog www.saricesartisticas.blogspot.com e jogarem ‘Name the Director’? ladysarac, a rainha da auto-publicidade).

Mas pronto, não é assim uma coisa por aí além. Tem uns one-liners porreiros, de vez em quando, para o género. Mas nada de wow. É razoável/bom dentro do género, mas para quem viu o da Julia Roberts, vai ter déjà-vus constantes. A banda sonora também é demasiado radiofónica para meu gosto (You Give me Something do James Morrison??? PorquÊ????)

Óptimo para uma tarde de domingo, ou para qualquer altura que queiram perceber porque é que as gajas acham piada ao Dempsey (mesmo sem roupa médica), ou as belíssimas pernas dele… ahhahahahahaha…

Sem comentários: